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domingo, 22 de março de 2009

delírio

Infinitas portas se abrindo. A mesma quantidade se fechando. Os ruídos se tornavam cada vez mais intensos. Tão intensos que se apoderaram do meu pensamento. Dentro de mim, não paravam de abrir e fechar.

Coisas saiam.

Coisas entravam.

Enquanto meu cérebro se tornava aquoso, eu ordenava que os músculos do rosto relaxassem. A escuridão era grande e aumentava. Meus sentimentos faliram. Quando me dei conta, os olhos ardiam como a chama de um fósforo recém riscado.

O teto estralava, como se a tinta descolasse, sem surgir sequer uma rachadura. Os sons distantes dos carros que passavam na rua, a essa hora da noite, invadiam meus ouvidos sem me perturbar, mas sim, embalando-me num sono tranqüilo.

Talvez isso não passasse de um desejo muito íntimo. Só me resta aceitar o momento.

2 comentários:

  1. e aí? só no delírio?

    vamos marcar um skype. Falou!

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  2. "os olhos ardiam como a chama de um fósforo recém riscado"

    bafo... gostei disso... gostei do post...

    tá add!

    =)

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recomendo

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“A página que no início era branca, agora está cruzada de alto a baixo por minúsculos sinais negros, as letras, as palavras, as vírgulas, os pontos de exclamação... Contudo, há uma espécie de inquietação no espírito, há essa vontade de vomitar muito próxima da náusea, há uma oscilação que me faz hesitar em escrever... ” [Jean Genet]