
Infinitas portas se abrindo. A mesma quantidade se fechando. Os ruídos se tornavam cada vez mais intensos. Tão intensos que se apoderaram do meu pensamento. Dentro de mim, não paravam de abrir e fechar.
Coisas saiam.
Coisas entravam.
Enquanto meu cérebro se tornava aquoso, eu ordenava que os músculos do rosto relaxassem. A escuridão era grande e aumentava. Meus sentimentos faliram. Quando me dei conta, os olhos ardiam como a chama de um fósforo recém riscado.
O teto estralava, como se a tinta descolasse, sem surgir sequer uma rachadura. Os sons distantes dos carros que passavam na rua, a essa hora da noite, invadiam meus ouvidos sem me perturbar, mas sim, embalando-me num sono tranqüilo.
Talvez isso não passasse de um desejo muito íntimo. Só me resta aceitar o momento.
e aí? só no delírio?
ResponderExcluirvamos marcar um skype. Falou!
"os olhos ardiam como a chama de um fósforo recém riscado"
ResponderExcluirbafo... gostei disso... gostei do post...
tá add!
=)