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sábado, 21 de março de 2009

palco/vida :: vida/palco

A.ção (sf): ato ou efeito de atuar; resultado de uma força física ou moral; possibilidade de executar alguma coisa; modo de proceder; atividade, energia, movimento.

A ação (dramática) não pode ficar apenas no físico ou mental, mas na união dos dois. Cotidianamente agimos a todo instante, tudo é ação. Cenicamente falando, algo precisa se transformar. Não me interessa esta energia/movimento, se na cena ela for cotidiana. Pode até ser uma ação cotidiana, mas sua construção, antes de ir para a cena, deve ser feita a partir de estados físicos extra-cotidianos. E mesmo assim, posteriormente, enquanto espetáculo, não será cotidiano, pois o estado, o local e o momento por si só já são extra-cotidianos.

Como se dá então essa construção da ação? Quer seja sobre o companheiro ou um objeto, algo deve me mover, mesmo que não seja possível ver fisicamente, mas internamente algo me transforma antes de exteriorizar fisicamente a ação.

Yoshi Oida¹ diz que para aperfeiçoarmos uma ação, para que tenha um verdadeiro sentido, deve-se fragmentá-la. É preciso detalhá-la mais e mais, antes de chegar ao final da ação.

Na construção da ação é preciso perceber tudo que ocorre com nosso processo de criação. Observar detalhes que podem passar despercebidos, e que poderiam ser de grande importância. Fugir da previsibilidade é de suma importância, o ideal é se entregar aos estímulos e sensações, sem se preocupar, neste primeiro momento, com a forma. Procure o limite, mas quando encontrar, já não serve, pois é necessário rompê-lo para ir a diante. Não posso ter medo de abrir mão daquilo que já criei, é uma troca constante. As mudanças devem significar refinamento, mais sensibilidade. 

O ator pode funcionar como uma seqüência de fotografias, porem, estas imagem que temos/vemos devem estar em constante estado de transformação para se encaixar na próxima imagem, e esta, na seguinte. 

¹ Yoshi Oida. Um Ator Errante, BECA, 1999, São Paulo.

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“A página que no início era branca, agora está cruzada de alto a baixo por minúsculos sinais negros, as letras, as palavras, as vírgulas, os pontos de exclamação... Contudo, há uma espécie de inquietação no espírito, há essa vontade de vomitar muito próxima da náusea, há uma oscilação que me faz hesitar em escrever... ” [Jean Genet]